O protagonismo do Brasil na fabricação e utilização de biocombustíveis foi elogiado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante evento, em São Paulo (SP).
Afirmou Obama: "O que me dá esperança é que os Estados Unidos conseguiram aumentar muito o uso de suas energias renováveis. E o Brasil, também de várias formas, vem trabalhando em biocombustíveis e tem sido um exemplo para o mundo. Isso é algo que devemos nos orgulhar e também continuar".
"É fato que o Brasil é um importante agente nessa agenda ambiental global", completa Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). "O Brasil tem sido um dos mais importantes protagonistas nas discussões em torno da Plataforma Biofuturo, lançado na COP22 com o apoio de mais de 20 países, incluindo os Estados Unidos, para acelerar o desenvolvimento e ampliar a implantação de medidas sustentáveis de baixa emissão. Temos uma vantagem competitiva importante, considerando que nossa matriz energética é uma das mais renováveis do mundo".
A afirmação do ex-presidente norte americano foi dada durante o Fórum Cidadão Global, organizado pelo jornal Valor Econômico e pelo Banco Santander/AAdvantage.
O setor sucroenergético recebe esse discurso com muito orgulho, principalmente de um líder como o ex-presidente americano. Neste momento, existe uma importante mobilização global para criação de políticas públicas que aumentarão a produção e o uso de renováveis, a exemplo da China, que mais recentemente anunciou planos de elevar o nível de etanol na mistura do combustível; e do próprio Brasil, que está prestes a implementar o RenovaBio, um programa de descarbonização de transportes e redução de emissão de gases de efeito estufa (GEEs) rumo a uma economia de baixo carbono.
Tanto a Plataforma Biofuturo quanto o RenovaBio, em linha com os compromissos ambientais do País para 2030, assumidos na Conferência do Clima (COP21), reforçam o papel dos biocombustíveis, em especial o etanol de cana. O biocombustível, que reduz emissões em até 90% se comparado à gasolina, contribuirá para que o Brasil reduza em 43% emissões de GEEs e aumente a participação dos renováveis na matriz energética em 18%.
Hoje, o etanol abastece 73% da frota flex e 30% da frota nacional de motos. Desde a introdução da tecnologia flex, seu uso nesses veículos evitou a emissão de mais de 400 milhões de toneladas de CO2 eq.
"Somos o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo e um dos principais exportadores de etanol, com uma indústria sustentável que representa R$ 80 bilhões do PIB brasileiro. Assim como Obama pontuou, seu governo conseguiu provar que o progresso econômico e a proteção ambiental não estão em conflito, mas que na verdade podem complementar um ao outro. No Brasil, isso é também uma realidade. Como exemplo, nossa indústria gera quase um milhão de empregos e renda em 30% dos municípios brasileiros.", comenta Elisabeth Farina, da Unica.
fonte: www.unica.com.br