Os nematoides estão disseminados por, praticamente, todas as áreas de cultivo de cana-de-açúcar do Brasil. Estimativas apontam que em mais de 70% dos canaviais ocorra, ao menos, uma espécie de grande importância.
Entretanto, em regiões onde predominam solos arenosos, esse número pode ser superior a 90%. Entre os nematoides mais problemáticos para a cultura no país, destacam-se os das galhas (Meloidogyne incognita e M. javanica) e os das lesões radiculares (Pratylenchus zeae e P. bracyurus).
Uma vez que parasitam o sistema radicular, bulbos e tubérculos, os nematoides podem causar grandes danos ao sistema radicular da cana, que se torna deficiente e pouco produtiva. Em casos de variedades muito suscetíveis e níveis populacionais muito altos, as perdas podem chegar a até 50% da produtividade.
Estudos indicam que o Brasil perde, anualmente, 15% de sua produção por causa dos nematoides. Porém, o nematologista Jaime Maia dos Santos ressalta que esses números podem ser bem maiores, já que muitos contabilizam apenas as perdas mais severas, um erro, porque mesmo as baixas infestações podem atrapalhar o desenvolvimento pleno de uma área.
“Se a produtividade de um canavial foi razoável, o produtor não dá atenção aos nematoides. Mas ele não pensa que, naquele mesmo local, poderia produzir até 10% a mais. Outro prejuízo não contabilizado é a redução do número de cortes, que pode cair de oito para apenas quatro.”
Como melhorar a produtividade controlando nematoides será um dos temas debatidos durante o Insectshow - Seminário sobre o Controle de Pragas da Cana, produzido pelo Grupo IDEA e que chega a sua 13 ª edição este ano.
Em 2017, o evento será realizado nos dias 19 e 20 de julho, no Centro de Convenções do Ribeirão Shopping.