Engajada em discussões e iniciativas voltadas à valorização das energias renováveis na matriz mundial, em especial na construção de políticas públicas voltadas à descarbonização do transporte no Brasil, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) aplaude e ratifica o posicionamento do governo brasileiro sobre a decisão dos Estados Unidos em deixar de se comprometer com o Acordo de Paris.
É decepcionante saber que os EUA, sendo um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, descartam a oportunidade de implementar uma economia robusta de baixo carbono, uma vez que são os maiores produtores de biocombustíveis, com destaque para o etanol.
Segundo a presidente da UNICA, Elizabeth Farina, "a entidade continuará trabalhando em favor do cumprimento do Acordo do Clima ratificado pelo Brasil no ano passado, na COP22, e espera que outras nações fiquem firmes em suas metas de desenvolvimento sustentável".
O Acordo
Em 2015, durante a Conferência do Clima (COP21), realizada na capital francesa, quase 200 países assinaram o Acordo para contribuir de forma mútua com a redução das emissões de gases de efeito estufa até 2030 e, desta forma, frear o aquecimento do planeta, mantendo a temperatura média da Terra abaixo de 2º graus.
O Congresso Nacional ratificou o compromisso do Brasil no dia 12 de setembro de 2016, estabelecendo a meta geral de redução 43% das emissões domésticas de gases de efeito estufa (GEEs).
Diante disso, o setor sucroenergético brasileiro terá um papel fundamental. Nos próximos 14 anos, o País
deverá ter 18% de participação de biocombustíveis em sua matriz energética. Para o mercado de etanol,
isso significa produzir até lá aproximadamente 50 bilhões de litros.
Também está previsto aumentar de 10% para 23% o uso de energias renováveis (eólica, solar e biomassa) na matriz elétrica.