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15/05/2017 13:45:00 - Atualizado em 15/05/2017 13:53:00 -

Safra 2017/2018 inicia mais alcooleira e com atraso na moagem

Dados da UNICA mostram que já foram esmagadas mais de 41 milhões de toneladas

A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil alcançou 24,09 milhões de toneladas na 2ª quinzena de abril de 2017, queda de 33,51% em relação ao volume registrado no mesmo período de 2016 (36,23 milhões de toneladas).
 
No acumulado da safra 2017/2018, a moagem totalizou 41,71 milhões de toneladas, retração de 39,70% no comparativo com igual período do último ano, quando o total processado somou 69,17 milhões de toneladas.
 
Observa-se, portanto, um atraso de quase 30 milhões de toneladas na cana-de-açúcar moída entre ambas as safras.
 
A produção de açúcar na segunda metade de abril de 2017 atingiu 1,12 milhão de toneladas, expressiva queda de 38,13% comparativamente ao valor verificado na mesma quinzena da safra 2016/2017 (1,81 milhão de toneladas).
 
Essa queda no volume produzido de açúcar decorre do atraso na moagem e da menor quantidade fabricada do produto por tonelada de cana.
 
No acumulado de abril de 2017, a proporção de matéria-prima destinada à produção de açúcar alcançou 41,50%, recuo de 0,56 ponto percentual em relação aos 42,06% contabilizados no mesmo mês do ano passado.
 
No acumulado da safra, a defasagem na produção de açúcar já atinge 1,43 milhão de toneladas. Foram 3,25 milhões de toneladas fabricadas em abril de 2016, contra apenas 1,83 milhão de toneladas no ciclo 2017/2018.
 
A produção de etanol somou 931,60 milhões de litros na segunda quinzena de abril de 2017, sendo 331,58 milhões de litros de anidro e 600,02 milhões de litros de hidratado.
 
No acumulado desde o início da atual safra até 1º de maio de 2017, o volume produzido de etanol totalizou 1,62 bilhão de litros, dos quais 493,81 milhões de litros de anidro e 1,12 bilhão de litros de hidratado.
 
A qualidade da cana-de-açúcar no ciclo 2017/2018 continua aquém do índice registrado na safra anterior.
 
A concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada da matéria-prima alcançou 110,72 kg em abril deste ano, 5,60% inferior no comparativo com o valor verificado no mesmo mês de 2016 (117,29 kg de ATR por tonelada de cana).
 
Dados preliminares apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em uma amostra de 125 empresas, apontam para uma retração de 14,84% na produtividade agrícola da área colhida em abril de 2017 comparativamente com o mesmo mês do último ano (77,28 toneladas de cana por hectare na safra atual, ante 90,74 toneladas por hectare em abril de 2016).
 
Essa retração na produtividade agrícola deve-se, principalmente, à menor área colhida com cana bisada na safra atual relativamente ao ciclo 2016/2017.
 
Até 1º de maio de 2017, 231 unidades produtoras estavam em operação no Centro-Sul, contra 239 no mesmo período do ano anterior. Para a próxima quinzena, estima-se que 255 unidades estejam em safra.
 
As vendas de etanol pelas unidades da região Centro-Sul somaram 1,73 bilhão de litros em abril de 2017, sendo 109,04 milhões de litros destinados à exportação e 1,62 bilhão de litros ao mercado interno.
 
No mercado doméstico, o volume comercializado de etanol diminuiu em relação àquele observado no ciclo 2016/2017. No caso do hidratado, as vendas totalizaram 956,96 milhões de litros em abril de 2017 (queda de 19,65% sobre o mesmo mês do último ano). Já as vendas internas de anidro atingiram 661,74 milhões de litros, retração de 19,34% sobre abril de 2016 e de 26,04% relativamente a março de 2017.
 
Essa redução nas vendas de etanol anidro, quando comparadas com o volume apurado para março de 2017, já era prevista.
 
Isso porque, de acordo com as regras estabelecidas pela Resolução ANP nº 67/2011, produtores e distribuidores de combustíveis devem manter estoques de anidro no dia 31 de março. Dessa forma, é natural que parte das vendas dos distribuidores no início de abril sejam supridas pelo produto armazenado, reduzindo a retirada de etanol das unidades produtoras ao longo desse período.
 
Essa queda nas saídas domésticas de etanol anidro reflete também o volume importado do aditivo por agentes distribuidores e produtores.

 







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