As preocupações com a demanda por açúcar na China e na Índia pressionaram a cotação da commodity na sexta-feira (2) na bolsa de Nova York, como mostrou a análise do jornal Valor Econômico de hoje (5).
Os papéis com vencimento em março/17 caíram 24 pontos e os negócios foram fechados a 19,12 centavos de dólar por libra-peso. No lote maio/17, a queda foi de 23 pontos e em julho/17, de 17 pontos na comparação com o dia anterior.
Ainda segundo o jornal, de acordo com Jack Scoville, do Price Futures Group, a China tem reduzido consideravelmente as importações e a Índia declarou que não acredita que precisará importar este ano, mesmo depois de duas safras consecutivas ruins. Além da demanda, o dólar tem se valorizado ante as principais divisas, o que pressiona commodities como o açúcar.
Em Londres, na tela março/17, o açúcar foi comercializado a US$ 509,40 a tonelada, recuo de 5,90 dólares no comparativo com a véspera. Nos outros lotes, a variação negativa foi de 2,40 a 5,50 dólares.
Para o Diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, a falta de notícias fundamentalistas positivas no açúcar, somada à liquidação implacável dos fundos e a desvalorização do real frente ao dólar formam os ingredientes perfeitos para que o mercado possa continuar a cair. "Em especial que, na palavra dos especialistas, uma queda de 20% começa a configurar um mercado baixista. O fato é que os fundos ganharam muito dinheiro no açúcar e já estava na hora de colocar parte desse dinheiro no bolso", explicou Corrêa.
Já no mercado interno, o açúcar tipo cristal encerrou a semana valorizado. Segundo o Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos foi vendida a R$ 94,33, uma alta de 0,43% no comparativo com os preços praticados no dia anterior.