No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o açúcar cristal em São Paulo atingiu R$ 100 a saca de 50 quilos, novo recorde histórico nominal. Alta de 31% desde o início da safra, em 1º de abril, e 36% mais que em 3 de novembro de 2015.
Enquanto isso, no mercado externo, a cotação do açúcar tem retraído, mas ainda continua bastante valorizado, na casa de 22 cents a libra-peso.
Mas não é só de remuneração em alta que vive o setor, tem o outro lado da moeda: o custo de produção. O levantamento anual do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Pecege/Esalq) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta que o custo total de produção de cana-de-açúcar, etanóis anidro e hidratado e ainda os açúcares demerara (VHP) e branco aumentará 3,84% a 21,56% na safra 2016/2017 no Centro-Sul do Brasil, em relação às três safras anteriores positivas na atual safra, de acordo com a projeção das instituições.
Segundo as estimativas do Pecege/Esalq e da CNA a partir de informações levantadas junto a usinas, sindicatos, associações em abril deste ano, o custo total de produçãoda cana será de R$ 109,20 por tonelada, alta de 20,84% sobre o custo médio das últimas três safras.
O custo total do açúcar branco ficará em R$ 1.188,80 a tonelada, alta de 12,13% se comparados os mesmos períodos, e do demerara de R$ 1.138,97, alta de 21,56%. O metro cúbico (mil litros) doetanol anidro tem custo total estimado de R$ 1.867,15, aumento de 18,3%, e o do hidratado, de 1.789,04, alta de 3,84% em 2016/2017 sobre a média das safras passadas.
A estimativa aponta que apenas áreas com produtividade acima de 98,5 toneladas por hectare de cana possibilitarão margens positivas para cultivo da cultura.No entanto, com o atual cenário de preços para os produtos, mais usinas deverão ter margens positivas.
fonte: www.canaonline.com.br